Dieta especista e mudança climática: por um ambientalismo abolicionista animal

Intróito

Somos uma espécie que surgiu na Terra há cerca de trezentos mil anos. Nossa existência por aqui não representa nem um segundo geológico da história do planeta, com seus 4,6 bilhões de anos. Esse pode ser um dado irrelevante até considerarmos que, na última fração desse segundo geológico, o Homo sapiens industrial começou a interferir de forma massiva em ciclos naturais que levaram milhões de anos interagindo dinamicamente para formar as atuais condições a partir das quais a vida evoluiu.

Na segunda metade do século passado teve início um prolífico conjunto de sinais de alerta com relação à erosão e à possível destruição dessa riqueza. Um exemplo icônico foi o livro Primavera silenciosa, da bióloga Rachel Carson, em 1962. Dez anos depois teve lugar a primeira cúpula mundial a respeito desse tema, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. E a partir dos anos 1990 houve uma profusão de encontros de diversas naturezas e envergaduras, como a famosa Rio-92. 

Vale sublinhar que, pelo menos a partir dessa década, os desmatamentos que já devastavam as florestas tropicais a uma taxa equivalente a um campo de futebol por minuto, e o crescente acúmulo de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera, eram questões de conhecimento público que faziam parte, inclusive, de manchetes de jornais e outros meios de comunicação. 

Seis décadas se passaram desde a primeira cúpula, e a pergunta é: que avanços foram concretamente alcançados no que tange à reversão desse cenário ecocatastrófico? Os problemas ambientais que enfrentamos no chamado Antropoceno envolvem uma miríade de fontes e fatores diferentes, como a gravíssima poluição dos oceanos pelos plásticos, via cadeias tróficas. Entretanto, duas das mais urgentes ameaças que pairam hoje sobre o planeta – as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade – constituem-se em assuntos que instigam uma profunda reflexão acerca dos fundamentos filosóficos e epistemológicos do movimento ambientalista.

O ambientalismo especista

É possível afirmar que há um embate travado entre ambientalistas (conservacionistas) e defensores dos direitos animais. Isso acontece porque a ética da conservação ambiental e a dos direitos animais têm pouco em comum além de uma, por assim dizer, “preocupação com os animais”. Uma questão central nessa discussão é a alegação de que no domínio dos direitos animais ignora-se a importância de espécies e ecossistemas, e apenas o bem-estar de indivíduos é levado em conta. Todavia, essa tese não procede: a ética dos direitos animais é mais abrangente e inclusiva: além de haver um cuidado com as espécies, há uma preocupação também com os indivíduos. Trata-se, portanto, de um posicionamento ético que engloba mais um nível – o individual – indo, dessa forma, além, e não aquém da ética conservacionista tradicional.

Essa visão equivocada tem origem provavelmente no fato de o conservacionismo vigente ser fundamentado na mesma racionalidade instrumental que domina praticamente todos os campos do conhecimento no Ocidente. Além disso, a ética conservacionista se consolidou num período histórico em que os estudos acerca da senciência animal eram anedóticos e incipientes. Hoje, entretanto, há inúmeros autores e publicações da ciência mainstream que atestam a capacidade dos animais experimentarem além de estados emocionais como alegria, angústia, ou medo, muitos comportamentos de grande complexidade, como regras de convivência social e outros ligados à honra, ao luto, à empatia, à justiça, etc [1]. 

A perspectiva dos direitos animais transcende a racionalidade do conservacionismo estrito ao reconhecer tais capacidades nos animais e incluí-las na luta ambientalista. Isso fortalece a premência da conservação ambiental, pois adiciona um elemento ético que vai além da questão pragmática da mera manutenção da biodiversidade. Agrega-se, portanto, à visão tradicional – antropocêntrica e especista  – uma dimensão ética que se perdeu na trajetória da ciência moderna. É pertinente destacar ainda que o ambientalismo tradicional é frequentemente contaminado por um viés economicista, materializado por meio de expedientes como os pagamentos por “serviços ambientais” [2]. Aliás, cabe ressaltar o caráter pragmático e enraizado numa racionalidade instrumental desse último termo.

Essa discussão é fundamental, pois esse paradigma especista não apenas mantém uma visão instrumental e mecanicista da natureza e do meio ambiente. Ao menosprezar os avanços de áreas da ciência que estudam a senciência, a consciência, e a cognição animal, ele obnubila as chances de uma visão mais holística sobre a problemática ambiental. 

Senciência, consciência e cognição animal

Diversos autores afirmam que a evolução da senciência e da biosfera são processos que caminharam juntos.  Segundo o biólogo Marc Bekoff [3], Darwin já postulava que as emoções evoluíram, tanto nos animais quanto nos humanos, com o propósito de fortalecer os laços sociais daqueles que vivem em grupos. Ele acreditava que as emoções nos conectavam com o resto da nossa comunidade e com o resto da biosfera. O biólogo Jonathan Balcombe [4] também destaca a evolução da senciência como um ponto de mutação crucial que afetou todos os animais na história biológica. E o filósofo Richard Ryder [5] argumenta no mesmo sentido.

Balcombe destaca que hoje a questão não é mais se os animais pensam, mas o quê eles pensam [6]. É fundamental, por conseguinte, que entendamos que os animais são inteligentes e pensam na medida de suas necessidades. Para De Waal [7], os animais geralmente sabem apenas o que precisam saber. Cada organismo tem sua própria ecologia e estilo de vida, que ditam o que é preciso saber para viver e sobreviver. Como os cérebros são órgãos dispendiosos – em termos de consumo de energia – os animais têm os cérebros de que precisam, nada mais, nada menos. Para nós é o mesmo princípio: forças evolutivas moldaram a aprendizagem e a cognição, essa última para servir à sobrevivência. A evolução impulsiona a cognição, e cada organismo é levado a aprender o que precisa para sobreviver. 

De Waal [8] afirma que até recentemente, mesmo no meio acadêmico, os animais eram vistos como máquinas de estímulo-resposta que visavam obter recompensas e evitar punições.  Mas hoje temos conhecimento de que mamíferos como os ratos podem se arrepender de suas próprias decisões, que os corvos fabricam ferramentas, e que moluscos – como os polvos – reconhecem rostos humanos, por exemplo. Falamos abertamente sobre cultura, empatia, e amizades nos animais, e mesmo sobre as suas racionalidades, uma característica que era considerada exclusiva dos seres humanos. O autor dá destaque ainda a duas questões sumamente importantes. A primeira é que atribuímos uma importância exagerada à linguagem e ao pensamento abstrato. Para ele, existem muitas outras maneiras de processar, organizar, e difundir informações, e só recentemente a ciência tornou-se aberta e capacitada para tratar desse tema. A segunda questão se refere à ideia de comportamentos ´inatos´: mesmo aqueles típicos de uma espécie se desenvolvem a partir de uma história de interação com o meio ambiente. Com isso, o termo ´instinto´ também se torna enganoso e deve ser evitado.

Diante do que foi discutido, é fácil compreender porque o preceito ético recorrente na obra de Gary Francione de que os animais não podem ser vistos como propriedades seja primordial neste debate. Consoante, Regan [9] afirma que o fato de possuir valor intrínseco deveria ser um impedimento moral no que tange a ser tratado como um simples recurso. Anna Charlton e Gary Francione [10] argumentam que ser uma propriedade significa ser algo que existe exclusivamente como um recurso para outrem, e que isso é inconsistente com ter valor moral. Por essa razão, é o uso de animais, e não o tratamento de animais o problema principal. Todos os seres sencientes têm pelo menos dois interesses: não sofrer, e não morrer. O veganismo é, portanto, um imperativo moral, completam os autores. 

A subjugação dos animais à categoria de propriedades, isto é, de coisas, é na verdade uma faceta da racionalidade instrumental que domina a nossa cultura ocidental, como apontado antes. Com isso, vivemos um cenário de especismo estrutural e institucional que abrange os mais diversos setores produtivos, atividades, práticas culturais, e até religiosas. 

Dieta especista e mudanças climáticas

A dieta alimentar padrão ocidental é sem dúvida o exemplo mais emblemático da nossa completa imersão nesse caldo cultural especista. Não é objetivo deste texto listar a miríade de impactos ambientais, éticos, e sociais causados pela pecuária. A ideia é discutir a tão urgente (e em voga!) mudança climática e a sua conexão com a dieta especista [11]. 

Nós, humanos ocidentais, já fizemos com que quatro domínios planetários ultrapassassem o limite do seu espaço operacional seguro [12]. A agricultura é a principal causa de transgressão dos limites dos ciclos biogeoquímicos do nitrogênio e do fósforo, da mudança climática e do uso da terra, da integridade da biosfera, e do uso de água doce. Isso não é surpreendente quando pensamos que um quarto da superfície terrestre é destinada a pastagens, e que um terço da terra arável global seja usada para o cultivo de ração para o gado [13]. 

Como a degradação de habitats é a principal causa de perda de biodiversidade, as populações de vertebrados vêm diminuindo acentuadamente: o índice global do Planeta Vivo (Living Planet Index) mostra uma redução média de 69% no tamanho das populações de mamíferos, aves, anfíbios, répteis, e peixes desde 1970. Alguns grupos e regiões foram mais severamente afetados: Na sub-região do Caribe e América Latina houve um declínio de 94%, a maior queda observada no mundo [14]. 

Esse último dado não chega a surpreender. O Brasil, por exemplo, é um país historicamente fornecedor de matérias-primas e, mais recentemente, de commodities ligadas à pecuária, a um alto custo social, ambiental, e animal [15]. 

De acordo com Bar-On et al [16] , um censo da biomassa na Terra é fundamental para entender a estrutura e a dinâmica da biosfera. E uma descrição quantitativa da distribuição da biomassa é essencial para fazer um balanço do carbono biossequestrado e a modelagem global dos ciclos biogeoquímicos, fatores-chave no que toca às mudanças climáticas. Vamos a alguns dados importantes: 1) da soma total da biomassa na Terra, cerca de 80% são principalmente plantas terrestres; 2) a biomassa vegetal total diminuiu aproximadamente duas vezes em relação ao seu valor antes do início da civilização humana; 3) por outro lado, a biomassa de humanos e a do gado (dominada por bovinos e suínos) supera em muito a dos mamíferos selvagens, cuja biomassa atual corresponde a cerca de 4% do total de mamíferos terrestres; 4) no caso das aves, a biomassa das domesticadas (dominadas por galináceos) é cerca de três vezes maior do que a das silvestres. Em suma, no geral, a biomassa de humanos somada à do gado supera a de todos os vertebrados combinados, à exceção dos peixes. Quanto a esses últimos, houve uma diminuição na biomassa equivalente a cerca do total restante na pesca, e ao ganho na biomassa total de mamíferos devido à atividade pecuária. Esse impacto antropogênico na biomassa global reformulou profundamente a quantidade total de carbono sequestrado pelas plantas, completam os autores.

Houve então, na história recente do planeta, uma grande mudança de um mundo dominado por animais selvagens para outro, composto em grande parte pelos humanos e seus rebanhos. Vários autores temem as consequências imprevisíveis decorrentes dessa transfiguração nociva, incluindo as alterações nos ciclos biogeoquímicos. Numa perspectiva holística, pode haver implicações desastrosas devido ao grau de incerteza subjacente a eventos entrelaçados que eventualmente surjam desse contexto [17]. 

Como dito anteriormente, as plantas são o reino dominante no planeta Terra. Não é difícil perceber, quando se trata de mudanças climáticas, o enorme impacto causado por desmatamentos e incêndios florestais: para produzir tantos produtos de origem animal é preciso fazer grandes mudanças no uso da terra, especialmente por meio de desmatamentos. Isso causa a degradação dos solos e muitos outros efeitos nocivos que resultam da conversão de ecossistemas naturais em pastagens ou cultivos de grãos para alimentar animais criados para consumo humano. 

Tais problemas estão interligados numa estrutura que envolve perda de habitat, perda de biodiversidade e mudanças no equilíbrio hídrico, para citar alguns. Tais transformações retroalimentam-se de maneira deletéria: mudanças quali-quantitativas na biodiversidade – da base ao topo das cadeias tróficas – afetam os ciclos biogeoquímicos (como o do carbono, nitrogênio, fósforo, etc) e a evapotranspiração que está ligada a vários outros “serviços ambientais”. Por exemplo, uma única árvore na floresta amazônica pode lançar até 1.000 litros de água por dia na atmosfera [18]. Mas os mecanismos de evapotranspiração numa floresta (ou savana) e em plantações como a soja diferem enormemente. Alterações nos ciclos hidrológicos podem impactar também as regiões onde há formação de neve e gelo. 

Além disso, a maior parte do armazenamento e sequestro de carbono de uma floresta – essenciais para mitigar as mudanças climáticas – ocorrem abaixo do solo [19]. Como agravante, o gado não é capaz de desempenhar as mesmas funções ecológicas que os animais silvestres [20].

Muitas árvores tropicais com contribuições cruciais para o estoque de carbono dependem de grandes vertebrados para dispersão e regeneração de sementes. De acordo com Stokstad [21], metade de todas as espécies de plantas depende de pássaros e mamíferos para transportar suas sementes para novos habitats. O autor teme uma morte lenta das florestas e outros ecossistemas, à medida que esses animais desaparecem. 

O processo de armazenamento de carbono pode sofrer, então, uma diminuição expressiva devido à desfaunação dos grandes dispersores de sementes, mencionada antes. Essa é uma prova robusta de que nesse processo de comodificar, escravizar, e comer a biosfera senciente, ecossistemas inteiros têm sido devastados de forma massiva.  

Não tenho formação em climatologia. Mas, como bióloga, arrisco dizer que os principais fatores que afetam o clima global não estão relacionados principalmente às emissões diretas aos GEE, mas aos mencionados anteriormente, responsáveis ​​pela aniquilação de mecanismos homeostáticos e de resiliência. As mudanças quali-quantitativas mencionadas fazem muito sentido numa visão sistêmica, rara na ciência mecanicista dominante, mas que estão em consonância com a “Hipótese Gaia”. Segundo essa teoria científica – fortemente ancorada no funcionamento biogeoquímico do planeta – a vida e os componentes físicos da Terra estão inextricavelmente inter-relacionados formando um sistema complexo capaz de manter uma certa homeostase global, incluindo a estabilidade climática. Interdependência, feedbacks, e propriedades emergentes são palavras-chave aqui. Esses profundos desequilíbrios de origem antropogênica têm levado a condições climáticas cada vez mais extremas. Estamos destruindo uma natureza “mãe” e fazendo emergir um “avatar bipolar”, resultante da nossa insanidade instrumental-industrial. É, por conseguinte, especista, tratar a questão climática sem apontar o dedo para a sua principal causa: a pecuária [22].

Epílogo: o horizonte de soluções

Diversos estudos e relatórios que têm como foco a sustentabilidade ambiental recomendam a diminuição ou a abolição dos itens de origem animal na alimentação humana [23]. Eisen & Brown [24], por exemplo, fizeram uma estimativa do potencial impacto sobre o clima resultante de uma hipotética mudança global radical envolvendo uma dieta baseada em plantas. Segundo eles, tal mudança poderia estabilizar os níveis de gases de efeito estufa por três décadas e compensar quase 70% das emissões de CO2 neste século. A adoção dessa medida liberaria vastas áreas para o cultivo de alimentos de origem vegetal, para os humanos, em vez de ração para o gado. E também tornaria possível o restabelecimento de ecossistemas naturais, e o retorno progressivo da vida selvagem.

Há muitos obstáculos, porém, a serem enfrentados. Um deles é de ordem legal. Embora o Brasil tenha uma legislação ambiental e de proteção animal razoavelmente avançada, a aplicação da lei é muitas vezes obliterada por conflitos de interesse envolvendo questões econômicas e de poder político. 

Mas o principal óbice encontra-se precisamente no nosso universo cultural. A educação tradicional e mesmo a educação adjetivada de “ambiental” são especistas, já que essa última é herdeira do ideário ambientalista hegemônico criticado antes. Isso ocorre porque os valores que fundamentam o corpus formal do conhecimento não pairam acima dos valores de uma determinada sociedade. Além disso, informações provenientes dos meios de comunicação (que formam valores!) seguem a mesma tendência: basta ver como os animais não humanos são retratados nos meios de comunicação [25]. Tais entraves se retroalimentam: a educação especista reproduz profissionais e legislações especistas. Para piorar, dietas alimentares são consideradas preferências estéticas, situadas no domínio do privado; são vistas como questão de “gosto”, e não como escolhas éticas que afetam o domínio público.

Essa conjuntura desfavorável pode ser revertida por meio de uma educação ambiental abolicionista animal, que abranja todos os níveis e áreas do conhecimento. Nesse novo paradigma, a senciência animal encontra-se de tal forma anastomosada à sustentabilidade ambiental que o ato de se alimentar de um animal não-humano se torna algo análogo a uma prática canibalista: para nós, ambientalistas veganos, é como comer um “nosso outro” [26]. 

Por fim, no que tange a horizontes de transformação, é preciso compreender as possibilidades e limites de diferentes universos de ação: há que sermos cautelosos quanto a dicotomias como o bem-estarismo x abolicionismo animal, por exemplo. Venho defendendo que no mundo real – e aqui incluo o universo legal – é frequentemente impossível agir de forma abolicionista. A questão me parece clara: o ideário abolicionista pertence à educação, universo onde é cultivada a liberdade como consciência da necessidade [27]. 

Vivemos num mundo onde a natureza – senciente e não-senciente – é dominada pela ciência e pela tecnologia em nome de uma crescente “eficiência”. E isso se reflete sobre tudo. É lamentável que práticas de prevenção e soluções naturais sejam preteridas em nome de expedientes intervencionistas que muitas vezes, inclusive, deixam seqüelas. A temática do clima chega na terceira década do século XXI imersa nessa toada: presa na mesma racionalidade instrumental que está em sua origem. Fala-se muito em adaptação e intervenções (e aqui pululam soluções tecnológicas) e quase nada em reversão do atual quadro por meio de escolhas eticamente corretas. 


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Referências bibliográficas

[1] Sobre senciência, consciência e cognição animal, veja Bekoff (2007), Balcombe (2010), e De Waal (2017).

[2] Sobre os três últimos parágrafos, veja Brügger, Paula. Algumas reflexões sobre o texto “Conservacionistas e ativistas dos direitos animais falam a mesma língua?” Agência de Notícias de Direitos Animais – ANDA. 23 de maio de 2016. Disponível em: https://anda.jor.br/algumas-reflexoes-sobre-o-texto-conservacionistas-e-ativistas-dos-direitos-animais-falam-a-mesma-lingua; acesso em 11.ago.2023.

[3] BEKOFF, Marc. The emotional lives of animals: a leading scientist explores animal joy, sorrow, and empathy – and why they matter. Novato, CA: New World Library, 2007, p. 32.

[4] BALCOMBE, Jonathan. Second nature: the inner lives of animals. New York: Palgrave Macmillan, 2010, p. 13.

[5] RYDER, Richard. Sensibilismo. In: CAVALIERI, Paola; SINGER, Peter. El proyecto gran simio: la igualdad más allá de la humanidad. Madrid: Editorial Trotta, 1998. p. 275-278.

[6] BALCOMBE, Jonathan. Second nature: the inner lives of animals. New York: Palgrave Macmillan, 2010, p. 29-31.

[7] DE WAAL, Frans. Are we smart enough to know how smart animals are? London: Granta Books, 2017.

[8] DE WAAL, Frans. Are we smart enough to know how smart animals are? London: Granta Books, 2017.

[9] REGAN, Tom. Ganancias mal adquiridas. In: CAVALIERI, Paola; SINGER, Peter. El proyecto gran simio: la igualdad más allá de la humanidad. Madrid: Editorial Trotta, 1998. p. 255.

[10] FRANCIONE, Gary Lawrence; CHARLTON, Anna. Animal rights: the abolitionist approach. Middletown: ExemplaPress, 2015.

[11] BRÜGGER, Paula. The “Embering” Brazil: climate change and the speciesist universe. In: NELLIST, Christina. (ed.) Climate crisis and creation care: historical perspectives, ecological integrity and justice. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing, 2021. p. 55-70.

[12] WORLD WILD FUND FOR NATURE (WWF). Living Planet Report – 2018: Aiming Higher. GROOTEN, Monique; ALMOND, Rosamunde. (ed.). Gland, Switzerland: World Wide Fund for Nature, 2018; GROOTEN,Monique; PETERSEN Tanya. (ed.). Gland, Switzerland: World Wide Fund for Nature, 2020.

[13] FAO. World livestock 2013 – Changing disease landscapes. Roma, Italy: FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2013.

[14]  WORLD WILD FUND FOR NATURE (WWF). Living Planet Report 2022 –Building a nature-positive society. ALMOND, Rosamunde; GROOTEN, Monique; JUFFE BIGNOLI, Diego; PETERSEN, Tanya. (ed.). Gland, Switzerland: World Wide Fund for Nature, 2022.

[15] BRÜGGER, Paula. Animals and nature: the co-modification of the sentient biosphere. In: CLARK, Brett; WILSON, Tamar Diana. (ed.). The capitalist commodification of animals. Bingley: EmeraldPublishingLimited, 2020. p. 33-58.

[16] BAR-ON, Yinon; PHILLIPS, Rob; MILO, Ron. The biomass distribution on Earth. Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), New Brunswick, v. 115, n. 25, p. 6506-6511, jun. 2018.

[17] SMITH, Felisa A.; DOUGHTY, Christopher E.; MALHI, Yadvinder; SVENNING, Jens-Christian; TERBORGH, John. Megafauna in the Earth system. Ecography, v. 39, n. 2, p. 99-108, fev. 2016.

[18] BBC NEWS BRASIL. O que são os 'rios voadores' que distribuem a água da Amazônia. BBC News Brasil,1º set. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-41118902. Acesso em: 31 ago. 2023.

[19] STOHR, Whitney G. Belowground ecosystems: the foundationfor forest health, restoration and sustainable management. Journal of Environmental Assesment Policy and Management (JEAPM), vol. 15, n. 4, p 1-17, dez. 2013. 

[20] SMITH, Felisa A.; DOUGHTY, Christopher E.; MALHI, Yadvinder; SVENNING, Jens-Christian; TERBORGH, John. Megafauna in the Earth system. Ecography, v. 39, n. 2, p. 99-108, fev. 2016.

[21] STOKSTAD, Erik. Loss of seed-hauling animals spells trouble for plants in warming world. Science News, Climate,13 jan.2022. Disponível em:https://www.science.org/content/article/loss-seed-hauling-animals-spells-trouble-plants-warming-world. Acesso em: 31 ago 2023.

[22] BRÜGGER, Paula. Animal agriculture and climate change: aqualitative holistic note.International Journal for research in Climatic Change & Earth Science, v. 9, n. 1, p. 1-8, jan. 2023. 

[23] BRÜGGER, Paula. Para além da dicotomia bem-estarismo x abolicionismo. ANDA – Agência de Notícias dos Direitos Animais,26 nov. 2009. Disponível em: https://anda.jor.br/para-alem-da-dicotomia-abolicionismo-versus-bem-estarismo. Acesso em: 31 ago. 2023.

[24] EISEN, Michael B; BROWN, Patrick O. Rapid global phaseout of animal agriculture has the potential to stabilize greenhouse gas levels for 30 years and offset 68 percent of CO2 emissions this century. PLOS Clim, v. 1, n. 2, p. 1-28, fev. 2023.

[25] BRÜGGER, Paula. Jornalismo especista: textos e fragmentos de olhares sobre os animais não humanos na mídia. Curitiba: Appris, 2022.

[26] Essa premissa ética não se aplica aos povos tradicionais do planeta.

[27] BRÜGGER, Paula. Para além da dicotomia bem-estarismo x abolicionismo. ANDA – Agência de Notícias dos Direitos Animais,26 nov. 2009. Disponível em: https://anda.jor.br/para-alem-da-dicotomia-abolicionismo-versus-bem-estarismo. Acesso em: 31 ago. 2023.

PAULA BRÜGGER

Bióloga,com especialização em Hidroecologia, mestra em Educação e Ciência, e doutora em Sociedade e Meio Ambiente. Foi professora titular do Departamento de Ecologia e Zoologia, da Universidade Federal de Santa Catarina, e atuou nos cursos de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, e Perícias Criminais Ambientais. Foi coordenadora de Meio Ambiente da Sociedade Vegetariana Brasileira – SVB, e diretora de educação do Instituto Abolicionista Animal – IAA. Atualmente coordena o Observatório de Justiça Ecológica da UFSC. É autora dos livros Educação ou adestramento ambiental?, Amigo Animal – reflexões interdisciplinares sobre educação e meio ambiente: animais, ética, dieta, saúde, paradigmas, Jornalismo Especista – textos e fragmentos de olhares sobre os animais não humanos na mídia, e Animais como modelos experimentais: uma visão abolicionista transdisciplinar, além de  uma centena de outros textos sobre ética ambiental e animal. Temáticas de pesquisa: educação ambiental abolicionista animal; paradigmas de ciência e sustentabilidade; implicações éticas e epistemológicas da visão mecanicista da ciência na experimentação animal; e imagem da natureza e dos animais não-humanos na mídia.

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