TJ/DF: Justiça mantém prisão de psicólogo acusado de torturar gatos

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) decidiu manter a prisão preventiva do psicólogo acusado de torturar gatos adotados sob o pretexto de realizar “experimentos”.

A decisão foi assinada nesta terça-feira (14/10/2025) pela juíza Dara Pamella Oliveira Machado, da 2ª Vara Criminal do Gama.

O psicólogo Pablo está preso desde março, quando foi indiciado 16 vezes por maus-tratos. Segundo a Polícia Civil, ele procurava cuidadores com um discurso emotivo e protetivo, sempre interessado em gatos de pelagem tigrada.

Após a adoção, os animais desapareciam. Um dos felinos foi encontrado com a pata fraturada e encaminhado para adoção responsável.

Os advogados alegaram excesso de prazo na detenção, mas o argumento não convenceu. Na decisão, a juíza rejeitou o pedido da defesa para revogar a prisão e justificou que “A questão de excesso de prazo não é meramente matemática, sendo que eventual demora na conclusão da instrução processual deve ser examinada à luz da razoabilidade e da proporcionalidade, que podem ou não afastar a alegação de constrangimento ilegal, diante da natureza e complexidade da causa”.

Para a magistrada, não houve qualquer mudança no cenário que justificou a prisão. “A custódia permanece necessária à garantia da ordem pública e à prevenção da reiteração criminosa”, afirmou.

A defesa também tentou anular o exame de insanidade mental, alegando que ele foi determinado sem pedido da parte e que poderia atrasar o processo.

A juíza esclarecei que, pela lei, o juiz pode solicitar esse tipo de avaliação quando há dúvida sobre a saúde mental do réu. No caso de Pablo, ela viu indícios nos autos que justificam a medida. “O incidente foi instaurado com base em indícios extraídos dos autos sendo medida de caráter técnico e protetivo, não configurando ilegalidade”, pontuou.

Fonte: G1

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