Quênia: Quatro homens são presos por contrabando de formigas

O Kenya Wildlife Service (KWS), serviço de vida selvagem do Quênia, na África, prendeu quatro contrabandistas que tentavam transportar milhares de formigas vivas para a venda em mercados de animais exóticos na Europa e Ásia. Os criminosos serão julgados por tráfico de animais selvagens.

Um documento judicial visto pela Reuters afirma que os agentes interceptaram cerca de 5 mil rainhas em mais de 2 mil contêineres, incluindo algumas da espécie rara Messor cephalotes. As formigas estavam embaladas em tubos de ensaio e seringas modificadas. O valor de mercado destes insetos chega a 1 milhão de xelins quenianos, aproximadamente R$ 45 mil.

"As investigações revelaram que os tubos de ensaio foram projetados para sustentar as formigas (vivas) por até dois meses e escapar da detecção de segurança do aeroporto. Premeditado e bem executado", afirmou a organização em comunicado.

Na segunda-feira, um queniano, um vietnamita e dois belgas se declararam culpados das acusações de posse ilegal e tráfico de animais selvagens vivos. Nesta terça-feira, compareceram ao Tribunal do Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta e estão presos.

— Não viemos aqui para infringir nenhuma lei. Viemos por acidente e estupidez — assumiu o contrabandista belga David Lornoy.

O caso será retomado em 23 de abril e o tribunal analisará os relatórios de pré-sentença do KWS, do agente de condicional e dos Museus Nacionais do Quênia.

Uma fonte não identificada do comércio de formigas revelou à Reuters que os fornecedores precisam de uma licença do Kenya Wildlife Service e um certificado para exportar a formiga Messor cephalotes, espécie muito procurada e difícil de obter.

Para o KWS, o caso é um marco na luta contra a biopirataria, porque envolvia a tentativa de exportação de recursos genéticos do Quênia sem consentimento e em violação direta da lei.

"Este caso sem precedentes sinaliza uma mudança nas tendências do tráfico. De grandes mamíferos icônicos para espécies menos conhecidas, mas ecologicamente críticas", afirmou o KWS no comunicado.

Fonte: Extra

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