Indonésia: Capital Jacarta proíbe venda de cães e gatos para consumo humano

As autoridades da capital indonésia, Jacarta, proibiram o abate e venda de carne de cão, gato e outros animais para alimentação humana por serem transmissores da raiva, embora estes consumos sejam minoritários naquele país.

“Esperemos que isto contribua para a manutenção e melhoria da saúde (pública) dos habitantes de Jacarta”, disse o governador da cidade, Pramono Anung Wibowo, após assinar a nova legislação, que ilegaliza também o comércio com aquele fim de morcegos, macacos e civetas (parecidos com furões).

Naquele arquipélago do sudeste asiático com cerca de 17 mil e 500 ilhas, o maior país muçulmano do Mundo, em termos de população praticamente, é considerado impuro comer carne de porco e de cão, mas a carne destes últimos animais de companhia para o ocidente é consumida em zonas da Indonésia não muçulmanas.

É o caso de Celebes, entre o Bornéu e as Molucas, cujo mercado de Tomohon é conhecido pela venda de animais exóticos para alimentação humana, mas proibiu o abate e comércio de carne de cão em julho de 2023.

“Esta medida do Governo de Jacarta estabelece um precedente importante e devia servir de exemplo para outros líderes regionais”, lê-se em comunicado da confederação de organizações de defesa dos direitos dos animais Dog Meat Free (Sem Carne de Cão) na sua conta da rede social X.

A mesma fonte adianta que “a luta não acabou, mas deu-se um passo em frente”, já que o consumo daqueles animais estende-se a 7% da população indonésia.

“A carne de gato é muito menos comum, com uma taxa de consumo de cerca de 1%. Contudo, todos os anos são vendidos milhares de gatos, especialmente nos mercados no norte de Celebes”, segundo a página na Internet na organização não governamental Humane Society International.

Em janeiro de 2024, o parlamento da Coreia do Sul decidiu tornar ilegal a partir de 2027 a criação e venda de cães para consumo por seres humanos, uma prática comum noutros países da Ásia, como China, Índia, Vietname, Filipinas e Camboja, por exemplo.

Fonte: Observador

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